terça-feira, 13 de março de 2007

Cibercultura, tem tudo haver com agente

Hoje tivemos a visita do nosso Secretário de Educação do Estado da Bahia Prof. Adeum Sauer. A conversa que teve o objetivo de discutir as políticas educacionais do governo Wagner e me chamou a atenção com relação a preocupação do secretário para com a cultura e a educação. De acordo com o secretário as duas andam juntas e uma não tem sentido sem a outra. Para ele a mudança tem que acontecer no mundo da cultura, no mundo das idéias. Uma mudança que gere influência na opinião pública, que expresse as defesas dos interesses da população em dado agrupamento. Logo fiz o link com a leitura e entrevista de Pierre Lévy principalmente quando Lévy faz uma retrospectiva histórica: após a invenção da imprensa com as possibilidades de fazer publicações em escala, surgiu a mídia impressa depois surgiram outras mídias como o Rádio, a TV, a Internet e etc. Esse conjunto de informações levados à população por estas mídias geram a opinião pública. Com a cibercultura a opinião pública não fica atrelada apenas aos grupos de comunicação que vem ao longo do tempo influenciando a as massas, mas tem a possibilidade de gerar inúmeras discussões nas comunidades virtuais. O acesso livre as informações e documentos e suas possibilidades vêm criando o que Pierre chama de "inteligência coletiva". Esse movimento nos leva a reflexão das mudanças nos conceitos e paradigmas educacionais vigentes, tendo tudo haver com o que o nosso secretário disse.
Entendemos que o homem de hoje não pode mais aprender da mesma forma que se aprendia a tempos atrás, estamos em constante mudanças. Não existe mais a estabilidade em uma única profissão, o que muitas pessoas estudam hoje pode ser obsoleto no final de sua carreira. As pessoas devem acompanhar as mudanças e se abrir às novas tecnologias aos novos conhecimentos e cada vez mais se relacionar umas com as outras já que os sujeitos de hoje em dia aprendem muito mais uns com os outros, em relações dialéticas. Este último aspecto da formação humana ainda foi discutido na conversa com o secretário, as escolas não estão formando pessoas para a convivência, para a relação de umas com as outras e este é um dos maiores problemas do fracasso escolar não só na Bahia como em todo o país.
Podemos finalizar dizendo que o homem deve buscar a compreensão de si mesmo como um homem dentro de seu tempo, de sua cultura, atentar-se para este "dilúvio informacional" e para as possibilidades que ele nos oferece.

3 comentários:

carlaoo disse...

Olá Aline tive a oportunidade de ler suas observações no blog, e concordo com muitas das suas idéias. É bem interessante esta visita do secretário de educação em nossa faculdade, temos que prestar atenção nas idéias que este novo governo traz para a educação e a cultura principalmente se estas idéias seram exequíveis. Não podemos mais ficar no mundo idealizador, temos que criar meios de pô-las em prática. E uma dessas formas de realização pode ser com o uso adequado das tecnologias. Sinceramente Pierre Lévy me pareceu muito otimista, ao falar de desigualdades, de diversidade, cultura, ainda temos muitos obstáculos a superar, barreiras que apesar de tanta tecnologia que vem sendo criada, problemas como corrupção, fome, degradação ambiental e sem falar dos desempregos gerados pela inserção das tecnologias no mercado estão longe como muitos especialistas afirmam de serem resolvidos. Mas concordo com você temos que ficar atentos para as mudanças, ns mais diferentes áreas, por que senão ficamos pra trás. Valeu grande abraço!

Fabiana costa pedagogia/UFBA disse...

Oi Aline!!!!
Que ligação interessante vc fez em realçaõ a palestra do secretário e a aula que tivemos!!!
Pois é, tudo está tão interligado e tão porximo de nós, que Carla tem toda razão em dizer"que não podemos mais ficar num mundo idealizador". Já ´passou da hora de encarar essa nova cultura e explorar os infinitos benefícios que nos vem trazendo.

adriana disse...

óla colega!
Gostei muito de sua postagem. A ponte que você faz com as ideias do secretario de educação e do texto de Lévy e muito interresante, e realmente temos que está atento para as mudanças na educação e concequentimente na cultura já que a educação faz parte da mesma.Concordo com você quando fala das profissões, realmente com a velocidade em que as coisa estão mudando temos que também está atento para isso como disse nossa colega Verônica correr para não ficarmos para trás.

Um abraço!

Adriana